Foto-Ítalo Kennedy
Campo Maior (PI), maio de 2025 — Um encontro entre educação, história e cultura marcou a visita da Escola Maria Luiza, da cidade de Ibiapina, no Ceará, ao município piauiense de Campo Maior. A iniciativa, idealizada pelo professor Francildo, reuniu estudantes e educadores em uma jornada de imersão cultural pelas raízes da Independência do Brasil, com destaque para a importância da Batalha do Jenipapo.A visita contou com o apoio da Secretaria de Cultura de Campo Maior, representada pelo secretário Luiz Lima, que fez questão de acolher a comitiva cearense e proporcionar um roteiro enriquecedor. Um dos momentos mais simbólicos foi a visita ao Monumento aos Heróis do Jenipapo, local sagrado da memória piauiense, onde em 1823 ocorreu a histórica batalha contra tropas portuguesas, símbolo da resistência popular pela Independência do Brasil.
Para enriquecer ainda mais a experiência, o secretário Luiz Lima convidou o professor, escritor e presidente da ALTEC — Academia de Letras do Território dos Carnaubais, Francisco Assis Lima, que guiou os estudantes com uma palestra marcante:
"A Batalha do Jenipapo não foi apenas um confronto armado, foi um ato de bravura do povo piauiense e nordestino em defesa da liberdade e da soberania nacional. Conhecer este marco é fundamental para compreendermos o papel do interior do Brasil na formação de nossa independência.", destacou Assis Lima.
O roteiro cultural se estendeu ao Centro Histórico de Campo Maior, onde os visitantes puderam percorrer ruas e edificações que conservam parte da memória arquitetônica da cidade. O grupo também conheceu o Lar da Juventude, espaço de promoção social e cultural, a histórica Igreja do Rosário, símbolo da fé e resistência dos escravizados, e a imponente Catedral de Santo Antônio, padroeiro da cidade.
Para os estudantes, a viagem foi mais que uma simples excursão: foi uma verdadeira aula de campo. Com a mediação intelectual de Assis Lima e a condução apaixonada do professor Francildo, o intercâmbio entre os estados do Ceará e do Piauí deixou uma marca profunda nos jovens, despertando o sentimento de pertencimento à história nacional.
"Campo Maior é um território de memória viva. Trazer nossos alunos aqui é abrir seus olhos para a grandiosidade da nossa história.", afirmou o professor Francildo, emocionado com a receptividade e o envolvimento de todos.
A visita reforça o valor de projetos que integram educação e patrimônio histórico, aproximando os jovens da memória coletiva e dos valores que moldaram o Brasil. Campo Maior, com sua herança heroica, mostrou-se mais uma vez como um verdadeiro berço da resistência e da identidade nordestina.
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